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Os desafios da mudança e do crescimento

Richard G. Erskine, Ph.D.

Traduzido por Andre Rocha Cançado

 

"Crescer é uma tarefa difícil. Ninguém diz a você que crescer é uma tarefa difícil. Mas crescer é difícil".

Essas são algumas palavras de uma música pop adolescente de 1965, de Ginger and the Snaps. É uma música intrigante, porque sua letra capta o que cada um de nós já sentiu inúmeras vezes na vida – crescer é uma tarefa árdua!

Crescer, mudar aquilo que é familiar é, de fato, "difícil de fazer". É um processo desconfortável porque talvez possamos perder nossa confiança em comportamentos, hábitos, e/ou relacionamentos que se tornaram muito significativos para nós. Antigos padrões comportamentais e hábitos, mesmo antigos relacionamentos, fornecem uma estrutura psicológica que dá significado, continuidade e previsibilidade para nossas vidas.

Seres humanos se esforçam para manter o senso de estrutura psicológica – para garantir continuidade e previsibilidade. Nós almejamos uma regulação interna que a consistência e continuidade garantem. Nós lutamos para termos ideia do que vai acontecer no futuro.

Eric Berne chamou essa busca e essa luta de "fomes de estrutura" e se referiu a elas como "necessidade psicológica" (1963, p.221) envolvida na maneira como organizamos a percepção de nossas experiências (Berne, 1972). Berne também identificava duas outras "necessidades particulares" (1966, p.230): fome de estímulo e fome de relacionamento. Essas três "fomes" ou "necessidades psicológicas" constituem a teoria da Análise Transacional da motivação (Erskine, 1998). Essas fomes não-conscientes são as motivações que determinam as respostas fisiológicas, afetivas, cognitivas e comportamentais diante dos acontecimentos da vida.

Berne escreveu que a única função da fome de estrutura é estabelecer equilíbrio (1964, p.18). Nós almejamos equilíbrio, estabilidade, continuidade e previsibilidade; nós almejamos esses tipos de estruturas mentais. Portanto, mudança "é trabalho difícil". Mudar é um desafio; mudança é um processo desconfortável porque pode desestabilizar nosso centro de equilíbrio; nós podemos perder nossa confiança nos comportamentos, hábitos ou relacionamentos que frequentemente se tornaram muito significativos para nós. É um desafio abandonar nossas perspectivas pessoais, quadros de referência, ou crenças de script porque essas estruturas mentais mantêm um equilíbrio psicológico.

Essas estruturas mentais fornecem uma sensação de equilíbrio que os biólogos denominam homeostase. Homeostase é um princípio biológico e fisiológico que descreve a tendência de um organismo vivo manter o equilíbrio e estabilidade. Uma maneira de se compreender a homeostase é perceber o delicado equilíbrio que o ato de andar de bicicleta requer; quando a gravidade puxa muito a bicicleta para um lado, a pessoa tende a se equilibrar jogando seu peso para o outro lado. Homeostase envolve o equilíbrio do organismo, um retorno ao que é familiar (conhecido). Quando forças do ambiente externo provocam mudanças muito rápidas, existe uma reação natural que se opõe a essas mudanças (Wolman, 1973). Homeostase é o contrário de mudança e crescimento; é uma organização contínua para manter o equilíbrio. Crescimento e mudança são um desafio porque seres humanos se encontram entre duas forças opostas: homeostase e physis.   Não apenas crescer é tarefa difícil, mas também inevitável. Estamos constantemente mudando, crescendo e evoluindo de uma maneira ou de outra. Mudanças sempre acontecem, mesmo que não as desejemos. Não podemos evitar mudança e crescimento. Nós podemos lutar contra as oportunidades de mudar e podemos fazer tentativas desesperadas para resistir à mudança, mas existe sempre um impulso inato em direção ao crescimento. O organismo humano, na verdade todos os organismos vivos, está sempre em processo de crescimento, mudança e evolução, enquanto, simultaneamente, procura manter o equilíbrio.

Physis é uma palavra grega que define nosso impulso interno em direção ao crescimento. A palavra physis se refere à vitalidade e à energia psíquica que é investida na saúde, criatividade e na expansão de nossos horizontes pessoais. Em um recente artigo da Transactional Analysis Journal (Revista de Análise Transacional), Bill Cornell resumiu os escritos de Berne a respeito da physis e a descreveu como uma inata "capacidade de desafiar as forças da aquiescência"; ele a relacionou com nossa concepção de "aspirações" (Cornell, 2010, p.244).

Physis é um impulso interno em direção à saúde e crescimento, o desejo de fazer algo realmente diferente e inovador, a aspiração de sermos completamente nós mesmos e ter uma escolha sobre nossos próprios destinos. Fritz Perls se refere a este desejo como aquele que promove a "excitação e o crescimento da personalidade humana" (Perls, Hefferline & Goodman, 1951). Santa Catarina de Sienna descreveu esse poder da physis quando ela dizia, "seja aquilo que Deus quer que você seja e você colocará o mundo em chamas" (Chartres, 29 de Abril, 2011).

É por causa da physis que a educação e a psicoterapia são possíveis e é por causa da homeostase que a educação e psicoterapia são necessárias. Sem a homeostase nós expandiríamos constantemente, mudando e crescendo além da nossa capacidade de manter o equilíbrio. Sem a physis ficaríamos apenas com o familiar, mantendo padrões antigos ou até mesmo estagnados.

O desafio de crescer - o desafio enfrentado por profissionais que trabalham no campo da psicoterapia, educação e desenvolvimento organizacional - depende de nossa capacidade de ajudar clientes e estudantes a equilibrar essas duas forças gêmeas, physis e homeostase. Esse desafio requer que nós, em nosso tralbalho com recursos humanos, saibamos lidar com duas forças internas opostas: que respeitemos a maneira única de nossos clientes e alunos darem sentidos para seus mundos, como eles organizam sua experiência, como eles conseguem se estabilizar e como seu comportamento pode ser a mellhor opção possível em dado momento; e, também, que possamos promover sua vitalidade, espontaneidade, criatividade e aspirações.

"Mudança" tem sido uma palvra importante para a Análise Transacional. "O que você quer mudar?"; "Como você e outras pessoas sabem que você mudou?". Essas e outras perguntas refletem a ênfase na mudança que tem sido tema central para os Analistas Transacionais. Quando eu me senti atraído pela Análise Transacional (AT) em 1969, isso deveu-se à ênfase terapêutica tanto no que diz respeito à comprrensão de uma pessoa, quanto à oportunidade de mudar atitudes, padrões comportamentais e scripts de vida. De fato, minha psicoterapia em workshops com David Kupfer permitiu a mudança de meus antigos comportamentos de timidez e passividade para uma nova posição existencial de ser responsável por meus próprios sentimentos e  relacionamentos com os outros. Mudança foi, e ainda é, prática central dentro da Análise Transacional. Contudo, quando vejo e ouço a AT ser praticada, eu me pergunto se muita atenção não está sendo dada para garantir a mudança e pouca atenção dada à capacidade única da pessoa contruir significados, procurar sua auto-regulação e à história de seus relacionamentos. O que você acha?

Se nós psicoterapeutas, conselheiros, educadores e facilitadores de desenvolvimento organizacional enfatizamos a necessidade do cliente ou estudante mudar suas atitudes e comportamentos, então poderemos criar uma situação paradoxal. Em vez de promover crescimento, estimulamos uma reação homeostática em que a pessoa permanecerá presa a seu antigo padrão de pensamento e comportamento enquanto, superficialmente, mostra mudança. Quanto mais nós enfatizarmos que a pessoa deve mudar, mais ela pode, inconscientemente, manter antigas atitudes e comportamentos.

Fiquei impressionado pela teoria paradoxal da mudança de Arnold Beisser (1971). É uma teoria simples que pode parecer óbvia  em nossas vidas. A teoria diz que que desenvolvimento psicológico acontece quando nós e os outros podemos apreciar quem somos. Uma pessoa não irá realmente se desenvolver se for coagida ou forçada, mesmo se a coação vier da própria pessoa. Muitas pessoas que procuram psicoterapia insistem em mudar algum comportamento ou padrão de relacionamento. Elas querem se tornar diferentes do que elas são. Quando foraçados a mudar, mesmo se tal exigência for feita por nós mesmos, ficaremos resistentes. Essa resistência é um impulso não- consciente para manter a homeostase e o equilíbrio. Paradoxalmente, se outra pessoa está interessada em nossa experiência fenomenológica, sensível a nossos afetos e respeita como lidamos com as situações da vida, então ela pode despertar nosso próprio desejo de crescer. O desenvolvimento psicológico é paradoxal: quando aceitamos as pessoas como elas são, em vez de obrigá-las a mudar, a capacidade inata para mudança - physis – é estimulada. A prática da Análise Transacional pode ser muito mais efetiva em promover o desenvolvimento psicológico se tornarmos as experiências fenomenológicas e necessidades relacionais de clientes e estudantes o foco de nosso trabalho relacional. Nós promovemos crescimento psicológico quando entedemos e demonstramos sensibilidade pelos vários sentimentos, formas de relacionamento, maneiras de dar significado, o que gera vergonha e aspirações pessoais. Quando honramos o jeito de ser no mundo dos colegas, amigos e membros da famíla de nossos clientes e alunos - parafraseando Santa Catarina de Sienna - nós ajudamos o outro a ser o que ela ou ele devem realmente ser, para que eles possam iluminar o mundo com a enrgia de sua physis.

Eu gostaria de compartilhar uma história sobre minha reação pessoal em relação a uma demanda de mudança e o resultado de crescimento psicológico que experienciei. Minha vivência não foi uma reação homeostática como aquela que Arnold Beisser descreve em sua teoria paradoxal da mudança; foi o oposto, ela deflagrou um ímpeto súbito para o crescimento. Quando eu estava no meio de meu treinamento para me tornar professor e supervisor clínico como Analista Transacional, participei de um worshop. O líder do workshop usava muita confrontação comportamental; confrontação era uma prática proeminente em Análise Trasacional naqueles anos. Ele me confrontou sobre um comportamento (não lembro mais de qual era). Foi doloroso e vergonhoso. Eu podia me sentir encolhendo por dentro e me tornando pronto para adaptar. Então, um sentimento único de enrgia positiva apareceu em mim. Eu supreendi todo mundo do grupo e a mim mesmo quando eu pulei e gritei, "não tente me mudar sem antes me conhecer!". Quando eu me assentei, virei-me para uma mulher que estava ao meu lado e disse, "e se ele realmente me conhecesse, provavelmente ele não ia querer me mudar".

Levantar e gritar, algo bem ousado, foi uma ótima oportunidade de crescimento psicológico para mim, uma mudança muito mais importante do que uma simples mudança de comportamento sugerida pelo líder do grupo. Eu defendi minha própria integridade. Eu exprimi minha própria experiência. Estava sendo completamente eu mesmo em vez de me submeter ou adaptar. Foi uma experiência de atualização do self que me acompanhou por todos esses anos. Não foi o tipo de mudança que o líder do workshop estava esperando, mas foi um ponto de virada em minha vida.

Essa importante experiência de expressão própria influenciou minha vida profissional, assim como minha vida pessoal. Eu pratiquei, escrevi a respeito, e ensinei sobre a importância de se conhecer a expriência fenomenológica de clientes e alunos antes de fazer explicações, interpretações ou propor mudanças de comportamento e atitudes. Frequentemente digo para mim "não sei nada a respeito da experiência dessa outra pessoa". Portanto, eu preciso contantemente questionar e questionar para aprender, e realmente compreender o que significa viver a vida dele ou dela. Quando realmente entendemos a outra pessoa então talvez não estaremos empenhados em mudá-la. Em vez disso, validamos e apreciamos eles como eles são. Isso foi o que Carl Rogers quis dizer com o conceito de aceitação positiva incondicional (Rogers, 1951).  Nosso interesse genuíno pelas outras pessoas, valorizando elas pelo o que elas são e nosso contínuo questionamento sobre suas experiências fenomenológicas é a forma mais potente daquilo que Claude Steiner denominou "carícia" (1974). É a aplicação da nossa filosofia em Análise Transacional: Eu estou Ok e você está Ok.

Tenho procurado em manter essa experiência pessoal em mente quando estou trabalhando com clientes cujas atitudes e comportamentos são confusos ou irritantes. Com pacientes difíceis ou inconsistentes, alivia meu desconforto quando faço uma confrontação ou insisto em uma mudança, mas provalvelmente sabotaria o crescimento do cliente. Eu sei que pressioná-los para serem diferentes produzirá mudanças superficiais, na melhor das hipóteses. Se pretendo ser efetivo ao facilatar seu desenvolvimento psicológico, preciso ser sensível à questão quem eles são e ajudá-los a compreender os motivos de seus comportamentos, atitudes e padrões de relacionamento. Isso requer realmente o conhecimento a validação da experiência fenomenológica da pessoa, padrões de vínculo formas de lidar com questões. Tal compreensão interpessoal e sintonia pode ser desconfortável  e desapontador para nosso equilíbrio pessoal, porque valorizar a forma da outra pessoa ser no mundo pode alterar nosso quadro de referência. Carl Rogers pensou sobre esse processo de alteração e desapontamento quando escreveu "se eu facilito o crescimento pessoal dos outros em relação a mim, então eu preciso crescer e enquanto isso frequentemente seja doloroso é também enriquecedor" (1961, p.51).

Não estou sugerindo que os Analistas Transacionais evitem explorar a necessidade de mudança nas vidas de nossos clientes e estudantes. Mudança pode muito bem ser necessário; clientes e estudantes nos procuram para ajudá-los a mudar muitos aspectos de suas vidas. Contudo, estou sugerindo que separemos tempo para conhecer nossos clientes e estudantes em vez de priorizar a mudança como o motivo mais importante de nossa relação. Eu percebi que mudanças de atitudes e comportamentos acontecem quando nós apoiamos as funções psicológicas do comportamento da pessoa. Padrões desconfortáveis de relacionamento, crenças de script e antigos padrões de comportamento se tornam cristalizados na vida da pessoa porque eles estão a serviço de importantes funções psicológicas tais como regulação do self, proteção contra estresse, orientação para relacionamentos ou distração de seus problemas.

Por causa de antigos padrões de relacionamento, crenças de script e comportamentos desempenharem uma função na vida da pessoa, o crescimento acontece de maneira bem limitada. Em meu relato pessoal, parece que eu fiz uma rápida mudança de comportamento e, no nível comportamental, eu fiz. Mas essa mudança se baseou no  princípio de uma efetiva psicoterapia de Análise Transacional que permitiu expressar meus sentimentos e necessidades, ter minhas ideias aceitas e validadas por uma pessoa significativa e perceber que a função de minha timidez e comportamento passivo controlavam a reação das outras pessoas. Para a maioria de nós, mudança acontece de maneira gradual. Precisamos de tempo para perceber se nosso comportamento ou crença de script é um problema; então precisamos de tempo adicional para pensar em como mudar; então precisamos de tempo para experimentarmos novas formas de compreensão e comportamento; então precisamos de mais tempo para experienciar nosso sucesso e/ou rever nossos passos anteriores à última mudança. Acho eficaz normalizar os passos de mudança dos clientes.

No livro Life Scripts: A Transactional Analysis of Unconscious Relational Patterns (Scrits de Vida: Uma Análise Transacional dos padrões relacionais inconscientes) Jim Allen (2010) ilustra o processo co-criativo que Carl Rogers descreveu – um processo de crescimento do cliente e do terapeuta na relação. Jim conta um história intrigante de um homem de oitenta anos de idade que foi desafiado a crescer por causa da qualidade de aceitação que a relação terapêutica do Dr. Allen oferecia. O cliente estava deprimido durante a maior parte de sua vida. Jim aceitou ele como era e começou a participar em atividades sociais, tais como esquiar e tocar piano junto com Jim em sua casa. Jim foi além do quadro referencial tradicional da psicoterapia em Análise Transacional. Enquanto eu lia o relato desse caso, ficou claro para mim que o apoio para esse homem crescer psicologicamente vinha da aceitação de Jim como ele era, do envolvimento emocional, e o desejo de criar junto com o cliente um espaço terapêutico que permitiu que as esperanças e sonhos do cliente se realizassem. Jim apoiou os desjos de seu cliente provendo uma relação de qualidade que estimulava a physis – o impulso biológico para crescer. Conversando com Jim fica também claro que seu cliente teve um impacto pessoal enriquecedor nele e na forma com ele concebe a psicoterapia (Conversa pessoal, 3 de Maio, 2011).

O caso de Jim Allen ilustra como o crescimento é oferecido através de uma relação de contato. Esta é provavelmente a razão mais fundamental pela qual os relacionamentos são uma necessidade tão importante para todos os seres humanos. O processo de crescimento psicológico, ou atuallização do self como Rogers (1951) formulou, requer uma relação de contato com os outros. Na relação terapêutica, como na educação ou no trabalho de desenvolvimento organizacional, "precisa existir essa percepção de que cada pessoa pode impactar a outra"; que o psicotarapeuta eficaz produzirá um impacto em seu cliente que vai além das palavras; todo o propósito da psicoterapia, em resumo, é ajudar o cliente a crescer de alguma forma. O contrário também é verdadeiro – o psicoterapeuta precisa ser capaz se se sentir impactado pelo cliente. Se o psicoterapeuta está sintonizado e envolvido de maneira apropriada, ela ou ele será automaticamente afetado por aquilo que o cliente diz, faz e sente" (Erskine, Moursund and Trautman, 1999, p.141). Como psicoterapeutas, professores e consultores, precisamos perimitir que nossos clientes e alunos nos causem impacto, para nos causar mudanças de uma maneira única, e nos desafiar a crescer tanto pessoalmente quanto profissionalmente.

A Análise Transacional irá crescer e mudar? A respota é "sim". Ela vem mudando consideravelmente em 50 anos, desde que Eric Berne publicou Transactional Analysis in Psychotherapy (Análise Transacional em Psicoterapia) em 1961 e continua a crescer e a se desenvolver. Existe um número de conceitos que resistem ao tempo e também existem novos princípios e práticas sendo desenvolvidos ao redor do mundo. Berne esboçou um útil conjunto de teoria; ele escreveu pouco a respeito da prática. Ele deixou a teoria e prática para as futuras gerações de analistas Transacionais expandir e desenvolver. A variedade das apresentações nas recentes conferências de AT é uma homenagem ao desenvolvimento da teoria e prática em Análise Transacional.

O significado original do termo evolução refere-se ao desenrolar de um pergaminho – um pergaminho que vai sendo escrito enquanto se desenrola. A teoria da AT e sua prática não estão em sua fase final de desenvolvimento. É como esse pergaminho que se desenrola; está continuamente sendo escrito. Se prestarmos atenção em nossos equívocos, escutarmos nossos clientes e alunos, questionar por quê e como fazemos nossas intervenções, abrimos a possibilidade de criar novos conceitos e métodos. Junte-se a mim nesse excitante Desafio de Crescer. Desenvolver profissionalmente NÃO é uma tarefa difícil; é um desafio excitante.

 

Referências:

Allen, J.R. (2010). From a child psychiatry practice. In R. G. Erskine (Ed.), Life scripts: A Transactional Analysis of unconscious relational patterns. London: Karnac Books.

Beisser, A. (1971). The paradoxical theory of change. In J.Fagan & I.L Shepherd (Eds.), Gestalt therapy now: Theory, techniques, applications. (pp.77-80). New York: Harper & Row.

Berne, E. (1963). The structure and dynamics of organizations and groups. New York: Grove Press.

Berne, E. (1964). Games people play:The psychology of human relationships. New York: Grove Press.

Berne, E. (1966). Principles of group treatment. New York: Grove Press.

Berne, E. (1972). What do you say after you say hello? The psychology of human destiny. New York: Grove Press.

Cartres, R.J.C. (2011). Sermon at the wedding of Prince William and Kate Middleton, April 29, 2011.

Erskine, R.G. (1998). The therapeutic relationship: Integrating motivation and personality theories. Transactional Analysis Journal. 28, 132-142.

Ginger & the Snaps. (1965). Growing up is hard to do. MGM 13413.wmv

Rogers, C. (1951). Client centered therapy. Boston: Houghton Mifflin.

Rogers, C. (1961). On becoming a person. New York: Houghton Middlin.

Steiner,C. (1974). Scripts people live: Transactional analysis of life scripts. New York: Grove Press.

Wolman, B. (1973). Dictionary of Behavioral Science. NY: Van Norstrand Reinhold.

 

 

 

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Resumo

Este artigo descreve a luta interna entre physis – o impulso para crescer e desenvolver – e homestase. O organismo humano está sempre em processo de mudança, crescimento e evolução enquanto, simultaneamente, procura manter equilíbrio e homeostase. É por causa da physis que educação e psicoterapia são possíveis e é por causa da homeostase que educação e psicoterapia são necessárias. A paradoxal teoria da mudança é descrita e apresentada como um desafio para a prática da Análise Transacional.

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Richard G. Erskine, PhD trabalha com Análise Transacional como clínico, professor e supervisor há quatro décadas. Foi duas vezes co-receptor do prêmio Eric Berne Scientific and Memorial por suas contribuições para a teoria e prática da Análise Transacional. Recentemente recebeu a Medalha de Ouro da European Transactional Association por sua excelente contribuição dentro da comunidade de Análise Transacional. Ele pode ser contatado via email através do endereço: IntegPsych@earthlink.net

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Existe um paradoxo dialético dentro do conceito de homeostase. Enquanto é tentador ver a homeostase em contraste com crescimento e mudança, é também valioso, penso, em reconhecer que homeostase é, paradoxalmente, dinâmica. É um processo dinâmico de mudança que se auto-regula dentro de certos limites, muito parecido com a dinâmica vista ao se andar de bicicleta. E, reciprocamente, crescimento e mudança envolvem retenção e reformulação existentes em estruturas e processos, portanto contêm elementos de continuidade. A dialética é realmente multi-eclética, com entrelaçamentos e mútua interação de elementos dialéticos em todos os níveis e o terapeuta bem sucedido é o perfeito comandante desses laços interpenetrantes que se retroalimentam e de suas brechas – alguém que "dança com a dialética". Tom Sanborn, 11 de Maio, 2011. 

 

Copyright: Institute for Integrative Psychotherapy and Richard G. Erskine, PhD, May 1, 2011

(Direitos autorais:Instituto para Psicoterapia Integrativa e Richard G. Erskine, PhD, 1 de Maio, 2011)

 

 

 

 

 

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